MS caminha para se tornar exportador e autossuficiente na produção de eletricidade

POSTADO EM.: 30 de abril de 2019 ...
Iniciativa privada deve transformar MS em exportador de energia elétrica

Nos últimos dias duas notícias importantíssimas passaram pouco percebidas pela grande maioria da população.

A primeira foi a apresentação de dados da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (BIOSUL), que afirma que a produção de energia elétrica através da queima do bagaço da cana-de-açúcar (resíduo industrial resultado da moagem para a produção de etanol e açúcar) já é capaz de sustentar o consumo de energia elétrica do Estado.

As 19 usinas sucroenergéticas em atividade em Mato Grosso do Sul produziram quase 2.6 gigawatts/hora durante a safra 2018/19, encerrada em março deste ano. A título de comparação, o consumo do estado é de 1.8 GWh.

A energia é produzida para atender as demandas das usinas, e o excedente é vendido para o Sistema Nacional (SIN) que leiloa a energia para a iniciativa privada, com destaque para o segmento empresarial. O que contribui para a segurança e economia do sistema energético da produção industrial nacional.  

Outra notícia importante no campo da energia elétrica foi anunciada ontem pelo governador Reinaldo Azambuja em coletiva na Governadoria. Um consórcio de empresas coreanas, liderado pela Enspire KSB Energy pretende investir US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 6 bilhões) em uma usina fotovoltaica (energia solar) em Anaurilândia, a 372 quilômetros de Campo Grande. Para se ter uma ideia do tamanho do projeto, o investimento é equivalente a 60% da receita anual do Estado.

O governador Reinaldo Azambuja afirmou que Mato Grosso do Sul tem total interesse em receber o projeto e destacou as condições favoráveis para a implantação da usina no Estado. “Mato Grosso do Sul possui uma lei que isenta a geração de energia sustentável do pagamento de compensação ambiental. Só dois estados brasileiros têm essa isenção. E todos os equipamentos importados para a construção estão isentos de ICMS no Estado”, disse.

Já o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, destacou que o projeto vai ao encontro da política de desenvolvimento sustentável do Governo de Mato Grosso do Sul.

“Estamos atendendo o grupo KSB Energy. Hoje demos mais um passo importante. Eles, a partir de agora, começam a formalizar o projeto, o pedido de licenciamento ambiental, os incentivos fiscais, dentro do que a lei prevê, e também, com a prefeitura, o terreno”, declarou.

O CEO da KSB Coreia e da Enspire KSB Energy, Jong Bokpark, destacou a qualidade do investimento. “Já viemos aqui a Mato Grosso do Sul várias vezes e sempre recebemos apoio. Vamos trazer a melhor tecnologia do mundo para esse projeto”.

Recebendo apoio dos governos estadual, municipal e federal, a empresa deverá funcionar em uma área de 18 milhões de metros quadrados, doada pela prefeitura. “É o único estado que vai dar todas as condições para a instalação da usina”, afirmou o prefeito Edinho.

A escolha do município também se deve a alta incidência solar. De acordo com o CEO KSB Brasil, José Vieira, a previsão é de que a obra tenha início em aproximadamente 1 ano e comece a operar em até 48 meses. A energia produzida deverá atender o Brasil. Será o primeiro investimento da empresa coreana no país.


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