Mato Grosso do Sul está colhendo os frutos do decreto estadual que restringiu a mobilidade da população por 10 dias. Os dados do Boletim Epidemiológico desta sexta-feira (23) apresentam leve queda na taxa de contaminação que passou para 1,02%. Para a secretária adjunta da SES, Christine Maymone, esta é mais uma constatação de que as medidas restritivas são benéficas. “Esperamos contar com a população para nos ajudar a baixar ainda mais esta taxa”, ressaltou, lembrando que que a variante do Covid 19 em circulação – a P1 – é duas vezes mais contagiosa que a anterior. Maymone também chamou a atenção para o alto índice de internação e óbitos na faixa etária entre 20 a 49 anos de idade, e pediu novamente para que os jovens não se exponham ao risco. “A doença é muito perigosa”, frisou. A média móvel vem caindo desde o último fim de semana do decreto. O índice de internações também parou de subir e lentamente vem regredindo após as medidas restritivas. Os 48 óbitos recentes aconteceram em 19 cidades. A capital perdeu 18 pessoas, Três Lagoas 8; Dourados 3; Coxim, Deodápolis e Sidrolândia tiveram 2 mortes em cada. Os demais municípios perderam um paciente. São eles: Bataguassu, Bela Vista, Cassilândia, Chapadão do Sul, Corumbá, Costa Rica, Naviraí, Paranaíba, Ponta Porã, Rio Verde do Mato Grosso, Terenos e Vicentina. A ocupação de leitos de UTI/SUS está em alerta vermelho. As quatro macrorregiões apresentam índices superiores a 90% de ocupação. Estão internados 1.113 pacientes, sendo 569 em leitos clínicos (378 públicos e 191 privados) e 378 em leitos de UTI (394 públicos e 150 privados). De acordo com a Central de Regulação de Leitos, 87 pacientes estão em fila de espera em todo o MS. Até hoje Mato Grosso do Sul já vacinou 15,95% do público prioritário com a primeira dose e 6,99% com a segunda dose. Novos lotes de vacina já estão a caminhos dos Postos de Vacinação, o que deve melhorar ainda mais os bons índices de vacinação do MS. Os números comprovam o que os especialistas recomendam, restringir a circulação de pessoas e evitar aglomerações é fundamental para diminuir a circulação do vírus e ajuda a descomprimir o sistema de saúde em colapso. É claro que não resolve o problema, pois sabemos que só a vacinação em massa tem esse poder. Além de que as restrições precisam ser em períodos curtos para minimizar o prejuízo do comércio e serviços que são obrigados a fechar. Mas nitidamente ganha tempo e fôlego para que o caos não se instale no sistema. Arde, mas alivia. Foto: Edemir Rodrigues